TSE mostra que, mesmo com a Lava Jato, compra de votos é forte no Piauí

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EXÉRCITO PARA INIBIR COMPRA DE VOTOS –  O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já aprovou o envio de tropas federais para 124 municípios piauienses. Ao todo, deverão ser 138 municípios que terão o Exército para manter a segurança.

Além da questão da segurança, o que indica que o eleitor e os candidatos não estão preparados para entender que o processo democrático deveria ser pacífico, o objetivo de se enviar tropas federais para se inibir a compra de votos. A medida revela que, mesmo com todos os escândalos nacionais, com centenas de presos da Operação Lava Jato, inclusivo com um ex-presidente na cadeia, boa parte dos políticos piauienses confiam bastante na impunidade para se arriscarem na prática de comprar votos na véspera da eleição.

No dia 1º de outubro, às 10 horas, o comandante-geral das tropas do Exército no Piauí e Ceará, General Cunha Mattos, se reunirá com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, Des. Sebastião Ribeiro Martins, para apresentar detalhes do plano de segurança e atuação das tropas federais no pleito.

Operação da PF contra Ciro Nogueira gerou mais de 50 matérias por hora

NEGATIVO PARA O TIME DO W.DIAS – A Chapa do Time do Povo de Wellington Dias vai ter que se esforçar nos proximos dias para encarar com naturalidade que um dos membros do seu time não consegue se livrar das operações da Lava Jato.

Nesta quinta-feira (27), o ministro Edson Fachin autorizou mais mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Ciro Nogueira (Progressistas).

A equipe petista que ja tinha superado o fato do senador ter ajudado a derrubar a ex-presidente Dilma , agora vai ter que ter estômago para engolir o baque da exposição negativa do senador por toda a mídia nacional.

Em apenas uma hora que o caso começou a ser divulgado, o assunto já era destaque em mais de 50 matérias por dezenas de meios de comunicação nacional.

Ao todo, Ciro Nogueira é alvo de quatro ou cinco inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Se perder a eleição, será julgado pelo juiz Sérgio Moro.

VÍDEO: Fábio Sérvio diz que gestão de W.Dias paga R$ 1,7 milhão para calar TV MN

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“SOU PERSEGUIDO POR NÃO PAGAR PROPINA” –   Na tarde desta terça-feira(25), o candidato ao governo do Piauí, Fábio Sérvio (PSL), participou de uma Sabatina na REDE MEIO NORTE (O quadro Pinga Fogo). A sabatina acabou levando mais tempo tratando da verba pública que seria paga pelo governo do PT de Wellington Dias, sobretudo para a própria Rede Meio Norte.  A sabatina foi conduzida pelos jornalistas Amadeu Campos, Ananias Ribeiro, Efrém Ribeiro e Arimatéia Carvalho.

Aos 5min10s o candidato foi questionado sobre as últimas pesquisas. Ele foi logo dizendo que não acreditava em nenhum instituto de pesquisa, citando de cara o Instituto Amostragem (que faz as pesquisas da Meio Norte) e o Opinar. “Não há esse governo aprovado como está demonstrado nessas pesquisas, o que há é revolta com esse governo”. Ele fez duras críticas ao Amostragem.

Logo, abaixo, o leitor pode conferir no vídeo que a própria MN disponibilizou no YOUTUBE:

Até os 12 minutos a sabatina seguia quase normalmente, até que o jornalista Efrém Ribeiro questionou o fato de jornalistas  do Diário do Povo que estariam com três meses de salário atrasados. Segundo Efrém, alguns jornalistas do Diário do Povo teriam passado essa informação. O Diário do Povo pertence ao candidato Fábio Sérvio.

TV MEIO NORTE RECEBE R$ 1,7 MILHÃO PARA FICAR CALADA – O candidato disse que era muito fácil responder essa pergunta do jornalista Efrém Ribeiro. “A mídia é muito lucrativa, por exemplo, para a TV Meio Norte, que recebe um milhão e setecentos mil reais (por mês) para ficar calada. Um terço da verba estadual de comunicação vem para a TV Meio Norte”, declarou.

CANDIDATO FALOU QUE LHE PEDIRAM PAGAMENTO DE PROPINA – Fábio Sérvio seguiu dizendo que seu jornal, o Diário do Povo passa crise e é perseguido, porque não concordou em pagar “propina” para membros do governo do Estado. O candidato disse que recebeu proposta de que receberia dinheiro do governo estadual “se devolvesse”. “Propina eu não aceito e eu vou tirar vocês (Meio Norte) do governo”, atacou Fábio Sérvio.

Nesse momento, aos 15min38s (vídeo do Youtube abaixo), o apresentador Amadeu Campos passou a fazer a defesa da Rede Meio Norte, dizendo que a empresa é um grupo que tem décadas de serviços prestados ao Estado do Piauí e que toda a equipe da TV Meio Norte dorme tranquila toda noite o “sono dos justos”. Segundo Amadeu Campos, “não há na equipe nenhum desejo de se locupletar e que toda o relacionamento da TV Meio Norte é público”.

“Pra nós não importa quem esteja no governo”, registrou Amadeu Campos.

Amadeu Campos ainda tentou mudar os rumos da sabatina, mas Fábio Sérvio continuou. “Me perdoe, Amadeu, mas eu sei da interferência e da ingerência do senhor Wellington Barroso de Araújo Dias aqui na Meio Norte. O que estou dizendo é que meu veículo de comunicação (Diário do Povo) é perseguido pelo senhor Wellington Dias. Estou respondendo o Efrém Ribeiro que perguntou sobre atraso de salário do Jornal Diário do Povo

“O secretário de Comunicação (João Rodrigues) disse em 2016/2017 que iria trabalhar para fechar o Diário do Povo”, reclamou Fábio Sérvio acrescentando que os meios de comunicação do Piauí deveriam ser prestadores de serviços, mas “são subservientes do governo Wellington Dias. Segundo Fábio Sérvio, foi o seu jornal que denunciou diversos casos de corrupção na gestão de Wellington Dias. Enquanto isso, os demais meios de comunicação ficaram calados, recebendo dinheiro público estadual.

A discussão polêmica seguiu até o minuto 22, do vídeo. CONFIRA ABAIXO (principalmente entre os minutos 12 e 22):

 

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CDSOL alvo do MP-PI e ligada a Georgiano usa dinheiro público com calçamento e forró

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PUBLICARAM 20 DIAS DEPOIS DA FARRA –  Somente no dia 13 de setembro a Coordenadoria de Desenvolvimento Social e Lazer (CDSOL) publicou no Diário Oficial do Estadocontrato sem licitação de R$ 180 mil para pagar as bandas de forró Sela Rasgada, Fafá Santana, Dudu Nogueira e Lagosta Bronzeada, na XIII Cavalgada de Palmeira dos Soares, que deve ter sido realizada em Pedro II no dia 24 de agosto .

A Coordenadoria é comandada por Simone Pereira de Farias Araújo (foto abaixo), que é ligada do deputado estadual Georgiano Neto e ao deputado federal Júlio César.

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A CDSOL, além de usar dinheiro público para bancar farras pelo interior do Piauí, também é uma das campeãs em fazer calçamento. A coordenadoria também foi mais umas das pastas do governo Wellington Dias que, segundo o promotor Fernando Santos, contratou uma empresa de fachada para fazer calçamentos pelo interior do estado. A tal empresa, a Construtora Crescer, tinha até um defunto entre seus sócios.

MPF APURA USO ELEITOREIRO – Agora que o caso foi revelado, o Ministério Público Eleitoral também vai apurar porque tanto dinheiro está sendo gasto por secretarias e  coordenadorias em calçamento pelo interior do Piauí. A suspeita do MPF é da possibilidade da compra de apoios pelo interior através dessas obras.

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JUIZ nega pedido do MP para bloquear R$ 200 milhões de Rafael Fonteles

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EX-SECRETÁRIO E SÓCIO DO COLÉGIO CEV – O juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Teresina, negou ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual contra o ex-secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, e o Contador Geral do Estado, Ricjardeson Dias. O MPE havia pedido a condenação dos gestores por improbidade administrativa em virtude de atrasos nos repasses de empréstimos consignados dos servidores estaduais para o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Piauí (IASPI)

ENTENDA:

Alvo de processo do MP-PI, Rafael Fonteles tem que explicar destino de R$ 200 milhões

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O inquérito foi instaurado a partir de uma representação formulada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí. O juiz rejeitou o pedido e mandou extinguir a ação.

O magistrado diz em decisão que os gestores comprovaram que os atrasos foram regularizados e que, no entendimento dele, os gestores não tiveram má-fé ao atrasar os repasses, o que afasta a hipótese de crime de improbidade. “Não vislumbro, no gestor, a má-fé ou a manifesta intenção de lesar o erário, que justifique a imposição de sanção prevista na lei 8.429/92. Sem a comprovação do elemento subjetivo da conduta não há que se falar em ato de improbidade, sendo insuficiente a mera prática de irregularidade administrativa”, afirma Ederson Nogueira na decisão

O juiz entendeu que a demora nas transferências ao IASPI e aos demais beneficiários das contribuições descontadas dos segurados não pode ser observada de forma isolada, apartada do contexto de crise financeira pelo qual atravessa o Estado do Piauí e o país como um todo. “Segundo relatado pelos réus, durante sua gestão no Estado do Piauí, enfrentava críticos transtornos em suas finanças, marcados por uma despesa mensal substancialmente maior do que a receita, fato de conhecimento público e largamente divulgado pela imprensa local”, afirma.

Para Aderson Antônio Brito Nogueira, ato de improbidade administrativa seria a ausência de pagamento, que, destaca ele, não se confunde com pagamento atrasado. “Tal fato não representa enriquecimento ilícito do gestor nem prejuízo ao erário”, declarou, ressaltando que não há nada a ser devolvido.

“Além disso, entendo que não há nada a ser restituído aos cofres públicos, pois os agentes embora tenham efetuado o repasse do pagamento em atraso, não acresceram patrimônio em seu favor e muito menos se apropriaram de verba pública”, explicou.

O juiz fez questão de frisar que o caso analisado versa sobre o atraso no repasse das consignações retidas em folha de pessoal. “Não se trata de ausência de pagamento, mas de suposto atraso”, declarou.

O magistrado disse ainda que para fazer um juízo condenatório, além da tipicidade da conduta, é necessária a demonstração do seu elemento subjetivo, que é o dolo, a má-fé, que estão ausentes no presente caso posto em análise. “Parece-me desproporcional considerar malicioso o agente pelo simples fato de ter atrasado o repasse de valores ao IASPI e demais entidades vinculadas à saúde”, finalizou.

Em sua defesa, Rafael Fonteles reiterou o que já havia dito que o Estado não tem qualquer débito com relação a consignações de servidores públicos referentes a 2017.

As informações foram prestadas pela Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Fazenda do Piauí (Sefaz).